sexta-feira, 18 de agosto de 2017

O USO DA LUPA ELETRÔNICA AUXILIA A VIDA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL



 


 
Baixa visão ou visão subnormal é uma deficiência que requer a utilização de estratégias e de recursos específicos. Segundo informações obtidas no blog “Sala de recursos multifuncionais” os alunos com deficiência visual contam com o auxílio de recursos ópticos e não ópticos. Recursos ópticos são lentes ou recursos que possibilitam a ampliação de imagem e a visualização de objetos, favorecendo o uso da visão residual para longe e para perto. Já os auxílios não-ópticos referem-se às mudanças relacionadas ao ambiente, ao mobiliário, à iluminação e aos recursos para leitura e para escrita, como contrastes e ampliações, usados de modo complementar ou não aos auxílios ópticos, com a finalidade de melhorar o funcionamento visual. Incluem, também, auxílios de ampliação eletrônica e de informática, como a  lupa eletrônica.
A lupa eletrônica é usada por pessoas que necessitam de grande ampliação de textos e imagem. Constitui-se basicamente de uma micro-câmera aliada a um circuito eletrônico que amplia textos e imagens. Entretanto, existem hoje no mercado vários modelos de lupas eletrônicas para leitura, sejam elas portáteis ou de mesa, com funções e preços variam.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o Brasil tem cerca de 4 milhões de deficientes visuais, sendo que, três em cada quatro apresentem visão subnormal. O uso da lupa eletrônica é uma importante ferramenta pedagógica de inclusão e garante certa independência dos deficientes visuais quando inseridos na sociedade.
Pessoas com baixa visão ou visão subnormal apresentam sérias dificuldades para os afazeres habituais. Com o auxilio da lupa eletrônica passam a ter acesso a informações, de forma autônoma, na escola, em casa, na rua ou no supermercado diante da necessidade, por exemplo, de verificar preços, ler rótulos de embalagens, entre outros. Os modelos portáteis disponíveis são práticos e podem ser levados a qualquer lugar.
É importante que as escolas e as Universidades preparem os estudantes com deficiência para a vida de modo a se sentirem incluídos na sociedade. Em pesquisa ao site da Universidade  Federal de Santa Catarina (UFSC) constatou-se que existe na Biblioteca Universitária um Ambiente de Acessibilidade Informacional (AAI). Esse ambiente foi criado em 2010 mediante incentivo financeiro do Programa de Acessibilidade na Educação Superior, que propõe ações que garantam o acesso pleno de pessoas com deficiências, às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Foram apresentados os serviços oferecidos pelo AAI, tais como disponibilização de espaço físico para estudo, as tecnologias assistivas* para empréstimo e uso no local, o processo de adaptação de material didático, empréstimo de acervo Braille e audiolivros, aos usuários  com cegueira ou baixa visão da graduação.

Espaços como da Universidade Federal de Santa Catarina devem se multiplicar em Escolas de Educação Básica e Universidades a fim de concretizar a educação inclusiva, bastante discutida e tão pouco colocada em prática.



* Tecnologia assistiva refere-se a recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, permitir que essas pessoas tenham uma vida independente, entre eles a lupa eletrônica.




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